CASA BR

Neste exercício projetual, nos deparamos com uma situação bem atípica. Um homem na casa dos 60 nos procurou com intenções de fazer uma casa de fim de semana, porém disse também, que vinha de uma experiência anterior com arquitetos bem traumática, onde os mesmos não conseguiram imprimir na casa, seus anseios e desejos. Ele sabia exatamente o que estava procurando: uma casa repleta de tijolinho aparente, telhado colonial com águas diversas e atmosfera de fazenda. Nesse caso, foi o que fizemos, porém tentando trazer uma espacialidade e resposta formal, mais contemporâneas.

Se trata então de uma residência em um condomínio às margens de uma rodovia, cuja conformação do lote e os anseios do cliente, ditaram as estratégias de projeto.

A ideia foi respeitar a topografia existente de modo que o objeto não interferisse na geografia, evitando assim movimentações de terra. O desnível da rua até o primeiro platô, era de quase 17 metros.

Dessa forma nos deparamos com nosso primeiro desafio, a rampa de veículos, que por sua vez, seria a única maneira de acessar a casa, dada a altimetria do lote.

A casa foi pensada em dois pavimentos, o primeiro abarca: garagem, sala, cozinha, área gourmet, varanda, escritório, lavabo, serviço e quintal. Este, possui uma relação intrínseca com a paisagem, através de uma grande fenestração que emoldura os mares de morro. O segundo pavimento, mais privativo, também possui boas visadas, porém mais controladas e definidas, seu escopo conta com academia, roupeiro, 2 suítes e varanda privativa.  O resultado foi uma casa de campo contemporânea, uma inquietação austera, que valoriza a experiência espacial e a força da materialidade histórica.

Ficha técnica

Saiba o que a Nó pode fazer por você